quinta-feira, 23 de maio de 2013

Raiza Costa

Original
  
Desconstrução da foto
Tão velho quanto o mundo
As rochas  por vezes, nos passa despercebida. Andamos sobre elas, sentamos sobre elas, mas não a enxergamos de fato. Para aqueles com olhos apurados, elas podem contar histórias incríveis, de um passado distante. Apenas olhe e pense. A quanto tempo ela está ali? Por quanto ela já passou e ainda assim está ali, de pé, dura, sólida?


 Exercícios do Olhar
1.        Leonardo da  Vinci e Tintoretto viveram em épocas diferentes e retrataram cada qual a última ceia com base na tendência artística, cultural e religiosa de suas respectivas épocas.
A última ceia de Da  Vinci marca o início do alto renascimento. Observa-se na obra, grande simetria e centralidade do homem, expondo assim os principais ideais dessa época: o homem que agora está no centro das coisas ( e não mais Deus, como se pensava na idade média). O homem que questiona, que busca a verdade e a iluminação através do conhecimento.
Tintoretto pintou sua Última ceia num período logo após o renascimento, o barroco. Esse período foi marcado pelo absolutismo e a contra-reforma religiosa. O homem questionador já não tinha certeza das verdades imposta pela igreja e pintava suas incertezas. No quadro, é possível visualizar uma linha que separa claramente o céu e a terra, o bom e o mau. Há um grande dinamismo e contraste. Diferente do renascimento, o homem não está mais no centro da obra, nota-se uma lateralidade e profundidade no afresco. A obra de Da Vinci nos passa uma sensação de harmonia e equilíbrio, a obra de Tintoretto é dinâmica e dramática.
2.       A obra de Michelangelo é feita de mármore e tem 5,17 metros. A riqueza de detalhes e a perfeição do corpo de Davi impressionam. Esculpida no renascimento, mostra a perfeição do corpo do homem. Michelangelo esculpe Davi como um jovem adulto, no momento anterior da batalha com o gigante Golias.
Já a obra de Verrocchio, é feita de bronze e mede 1,26m e retrata Davi como um adolescente ágil, diferente do Davi de Michelangelo, vestido com uma túnica, logo após a batalha com Golias, com sua cabeça aos seus pés.

Quem tem medo de Arte Contemporânea?
  •          Quem examinar com atenção a arte nos dias atuais será confrontado com uma desconcertante profusão de estilos, formas, práticas e programas
  •          As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte ás coisas do mundo, á natureza, á realidade urbana e ao mundo da tecnologia que exige do espectador uma postura muito mais participativa, extrapolando muito os deleites do belo.
  •          Isso porque, na sociedade atual, os artistas estão cada vez mais interessados em explorar a percepção e a ação imaginativa do espectador, propondo múltiplas abordagens de leitura dos seus atos de suas produções.
  •         A pop art surgiu e foi reconhecida como movimento nos EUA bem no começo da década de 60. A comunicação direta com o público por meio de signos e símbolos retirados da cultura de massa e do cotidiano, constituiu o objetivo primeiro de um movimento que recusava a separação arte e vida, na esteira da estética anti-arte dos dadaístas e surrealistas
  •         O minimalismo localizava os trabalhos de arte no terreno ambíguo entre pintura e escultura. Um vocabulário construído com base em ideias de despojamento,  simplicidade e neutralidade, manejados com o auxílio de materiais industriais, definiram o programa minimal art.

Leitura e interpretação – Exercícios do Olhar
  •         Regina Silvera traz a roda de bicicleta de Marcel Duchamp, que na verdade é uma alusão da obra do artista.
  •         A sombra pode marcar aqui o legado deixado por Duchamp, nas suas investidas para a arte conceitual, a sombra como metáfora, daquele objeto causador de estranhamento, mesmo não estando presente, sua obra ( a sombra dela, por impossibilidade de estar) está presente causando outros estranhamentos na arte de hoje
  •         Regina da Silveira nasceu no Brasil em 1939, importante artista multimídia e pioneira de vídeo-arte no país.
  •        A artista interessou-se pelos jogos da percepção e faz exatamente isso ao nos propor suas instalações: constrói um jogo de ilusão, cria novos espaços virtuais, muito diverso dos espaços reais como estamos habituados a vê-los, nos conduz a novos espaços com coordenadas próprias.
  •         Quando a artista propõe um reticulado para delinear a figura, aquela malha proposta é uma armadilha que induz o observador a uma nova forma de visão não habitual, criando novas possibilidades para o mundo percebido.

Renascimento
  •         O homem com a medida de todas as coisas. Foi um grande movimento de mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura Greco-romana.
  •         A partir da premissa de um mundo observável, estabelecem-se correspondências significativas entre os princípios da perspectiva, que ordenam a configuração espacial das imagens, e as noções de espaço/tempo/movimento.
  •          Os artistas do período se orientaram por ideais de perfeição, harmonia, equilíbrio representados com o auxílio dos sentidos de simetria e prorpoção das figuras.
  •          A perspectiva, impulsionada por Filipo Brunelleschi (1377-1446) e outros estudos altera de modo radical os modos de representação e as concepções de espaço.
  •          O mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida científicamente, e não apenas admirada, a prática corrente era iniciar-se uma obra depois de estudos preparatórios, não só estudos de detalhes, mas também estudos de proporções.

Relatório de vista ao Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM

No dia 05 de Julho de 2013, a turma 10831 (Geologia) do Instituto Federal da Bahia realizou uma visita ao Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), sob orientações e supervisão da professora Diana Valverde.
Foram-nos apresentadas duas exposições: Tupy todos os dias e Esquizópolis.
Tupy todos os dias é uma exposição apresetada na Sala do Diretor, no MAM, e seu objetivo é mostrar que o mundo em potência. Diferentes artistas de diferentes épocas inspirados em Juarez Paraíso procuram lidar com essa potência perdida, realizando diferentes formas de comunicação e aproximação entre a arte e o ambiente natural ou mental de cada um.
Esquizópolis foi um termo apresentado por Isaías de Carvalho, como comentário crítico sobre os processos de desenvolvimento urbano de Salvador. Esquizópolis é a vontade do moderno face ao dever da memória imposto pelo passado do Estado, da cidade e das intensas relações culturais locais.
Foi escolhida a obra Latitude (2001) a qual participa da exposição Esquizópolis, dos artistas Nicolau Vergueiro (nova-Iorquino) Mônica Simões (baiana). A obra demonstra as diferentes realidades vividas em cada cidade, Salvador e Los Angeles, através de uma série de atividades feitas e registradas pelos artistas. O que torna a interessante, é a compilação de diferentes materiais na confecção da obra, que mexem com vários sentidos organolépticos: visão, audição, tato, tudo isso para sentirmos a realidade de cada local. Latitude busca mostrar as diferenças sociais, culturais, naturais de cada metrópole, bem como seus efeitos na mente e modo de pensar de cada um.




 


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