segunda-feira, 8 de julho de 2013

Relatório de visita ao MAM (Gabriela)

     No dia 5 de julho de 2013, sob orientação da docente Diana Valverde, responsável pela disciplina de Artes Visuais, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Campus de Salvador, a turma 10831, 3º ano do curso técnico em Geologia integrado ao ensino médio, realizou uma visita ao Museu de Arte Moderna, atualmente localizado no Solar do Unhão. No museu, visitamos duas exposições: "Esquizópolis" e "TUPY todos os dias". A primeira tem como ideia principal retratar a esquizofrenia do espaço geográfico, focando no espaço urbano, especialmente em seu crescimento desordenado, desenfreado e tangente a qualquer indício de planejamento prévio. As cidades vão crescendo e seus habitantes vão acompanhando suas transformações, sendo causa e consequência das mesmas. Já a exposição Tupy busca retratar os ideais de Juarez Paraíso. O presente relatório tem como objetivo descrever e dissertar sobre uma das obras observadas.
     A obra escolhida foi "Frente e verso", parte da exposição "Esquizópolis", do artista plástico Alex Torres, ganhadora do Prêmio Salões de Artes Visuais da Bahia, em Juazeiro, no ano de 2012. Consiste na exposição dos documentos originais do artista (carteira de identidade, cartões de crédito, CPF, diploma, título de eleitor, etc) e, a princípio, causa espanto ao observador. Afinal, o que o artista quis dizer ao exibir todos os seus documentos desta forma? (Será que não há perigo de ele ser roubado?) O que os documentos de alguém têm a ver com a arte?
    Em realidade, ao pararmos para refletir a respeito, todos os documentos são constituídos de números e diversos tipos de códigos, que dão a nossa identificação para o governo, a universidade, o banco ou qualquer outro órgão onde estejamos cadastrados. Não somos pessoas, somos números. O número do RG, do CPF, do cartão de crédito, da matrícula, etc., é a nossa verdadeira identidade. Isso causa um incômodo porque, ao pensar a respeito, nos sentimos menos humanos e mais objetos. Mas é isso que somos, afinal. Objetos-fontes de lucro, de impostos, de problemas, de soluções. Somos marionetes, iludidos em nossa falsa ideia de liberdade. (É possível relacionar esta obra, com sua expressão de ilusão e manipulação, a uma música dos Titãs, intitulada "Mundo Cão", do disco "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana".)

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