Por que distrai, diverte e relaxa o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o identificar-se com uma pintura ou música, identificar-se com tipos de um romance, de uma peça ou filme? Por que esse desejo de completar nossa vida incompleta através de outras figuras e de outras formas?
É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo. Quer ser um homem toral. Não lhe basta ser um indivíduo separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma "plenitude".
Desde a época das cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncio, superfícies, movimentos, luzes, etc., com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros.
Não é raro que alguém, frente a uma tela ou numa sala de concerto, teatro ou cinema, diga: "Isto é pintura?" ; "Essa confusão de borrões até eu faço!" ; " Isto é música? Uma barulheira infernal" ; " Ópera? Me dá sono!" ; "Não entendi nada!"
Para nos apropriarmos de uma linguagem, entendermos, interpretarmos e darmos sentido a ela , é preciso que aprendamos a operar com seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras e dos textos orais e escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização na linguagens da arte.
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